3. Sobre Deus Segundo a Relação Entre as Pessoas na Trindade
1. Nunca foi dito pelos Pais da Igreja sobre o Filho de Deus ser "Deus de si mesmo", pois este é um dizer perigoso. Porque, Αυτοθεος (Deus de si mesmo) significa propriamente que o Filho não tem a Essência Divina de outro. Mas isso acontece por uma catacrese [i.e. uso impróprio da palavra], em que essa essência que o Filho tem não é de outro, porque o significado do sujeito é mudado. Pois "Filho" e "Essência Divina" diferem em significado.
2. A Essência Divina é, própria e verdadeiramente, comunicada ao Filho pelo Pai. Portanto, é uma estupidez afirmar "que, de fato, é próprio dizer ser a essência divina comum ao Filho e ao Pai; mas é impróprio dizer ser ela comunicada" [Trelcatius, Institut. liber 2, fol. 18.]. Visto que, não seria comum se não fosse comunicada.
3. O Filho de Deus é corretamente chamado Αυτοθεος, "Deus verdadeiro", de modo que este termo é aceito por aquilo que é o próprio Deus, verdadeiro Deus. Todavia, Ele é erroneamente designado por este termo, na medida em que isso significa que Ele não tem a sua essência comunicada pelo Pai, porém Ele a tem em comum com o Pai.
4. É uma expressão ambígua e, portanto, perigosa dizer que: "O Filho de Deus, em relação à sua essência, é de si mesmo". Nem é removida a ambiguidade se for dito que: "O Filho, em relação à sua essência absoluta, ou sendo absolutamente considerada a sua essência, é de si mesmo". Além disso, esta linguagem é forjada, recente, e também ἀδολεσχίαν [gr. tagarelice].
5. As Pessoas Divinas não são τροποι υπαρξεως, ou modos de ser ou de existir, ou modos da Essência Divina; porque são questões sobre o modo de ser ou existir.
6. As Pessoas Divinas são distinguidas por uma distinção real, não pelo grau ou modo da questão.
7. Uma Pessoa é uma subsistência individual em si, não é uma propriedade característica, nem um princípio individual; embora ela não seja um indivíduo, nem uma pessoa, sem uma propriedade característica ou sem um princípio individual.
8. Perguntas - Não seria útil a Trindade ser considerada tanto como ela existe na sua própria natureza, segundo a a relação coessencial das Pessoas Divinas, bem como ela se tem manifestado na economia da salvação, realizada por Deus pai, em Cristo, através do Espírito Santo? E nenhuma destas considerações pertenceria a religião universal, e as que foram prescritas a Adão segundo a lei? A última consideração pertence propriamente ao Evangelho de Jesus Cristo, mas não excluindo o que eu tenho dito como pertencente a toda religião universal e, portanto, ao que é cristão.
2. A Essência Divina é, própria e verdadeiramente, comunicada ao Filho pelo Pai. Portanto, é uma estupidez afirmar "que, de fato, é próprio dizer ser a essência divina comum ao Filho e ao Pai; mas é impróprio dizer ser ela comunicada" [Trelcatius, Institut. liber 2, fol. 18.]. Visto que, não seria comum se não fosse comunicada.
3. O Filho de Deus é corretamente chamado Αυτοθεος, "Deus verdadeiro", de modo que este termo é aceito por aquilo que é o próprio Deus, verdadeiro Deus. Todavia, Ele é erroneamente designado por este termo, na medida em que isso significa que Ele não tem a sua essência comunicada pelo Pai, porém Ele a tem em comum com o Pai.
4. É uma expressão ambígua e, portanto, perigosa dizer que: "O Filho de Deus, em relação à sua essência, é de si mesmo". Nem é removida a ambiguidade se for dito que: "O Filho, em relação à sua essência absoluta, ou sendo absolutamente considerada a sua essência, é de si mesmo". Além disso, esta linguagem é forjada, recente, e também ἀδολεσχίαν [gr. tagarelice].
5. As Pessoas Divinas não são τροποι υπαρξεως, ou modos de ser ou de existir, ou modos da Essência Divina; porque são questões sobre o modo de ser ou existir.
6. As Pessoas Divinas são distinguidas por uma distinção real, não pelo grau ou modo da questão.
7. Uma Pessoa é uma subsistência individual em si, não é uma propriedade característica, nem um princípio individual; embora ela não seja um indivíduo, nem uma pessoa, sem uma propriedade característica ou sem um princípio individual.
8. Perguntas - Não seria útil a Trindade ser considerada tanto como ela existe na sua própria natureza, segundo a a relação coessencial das Pessoas Divinas, bem como ela se tem manifestado na economia da salvação, realizada por Deus pai, em Cristo, através do Espírito Santo? E nenhuma destas considerações pertenceria a religião universal, e as que foram prescritas a Adão segundo a lei? A última consideração pertence propriamente ao Evangelho de Jesus Cristo, mas não excluindo o que eu tenho dito como pertencente a toda religião universal e, portanto, ao que é cristão.
Comentários
Postar um comentário